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Feb 08, 2024

Conversão de uma Antiga Serralharia / ALAS Alarcon Linde Architects

+ 14 Texto descritivo fornecido pelos arquitetos. As muitas vidas de um edifício. Este edifício de 1931 localizado no bairro berlinense de Neukölln nasceu como um conjunto de garagens para depois se tornar uma arte

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Descrição do texto fornecida pelos arquitetos. As muitas vidas de um edifício. Este edifício de 1931 localizado no bairro berlinense de Neukölln nasceu como um conjunto de garagens para depois se tornar um armazém de arte e sala de exposições, mais tarde uma serralheria, e finalmente cair em desuso até que um pequeno grupo de artistas e criativos o adquiriu em 2018 para convertê-lo em oficinas e apartamentos para uso próprio.

Pátio dentro do pátio. A construção em forma de U em torno de um pátio central como se fosse um "Dreiseitenhof" (um tipo tradicional de fazenda rural) está localizada dentro de um quarteirão urbano maior, "como nas camadas de uma cebola", como descreve David Byrne em seu " Diários de bicicleta". As suas alas nascente e norte têm um único piso, enquanto a ala poente tem dois, uma vez que os escritórios das antigas garagens se localizavam originalmente no piso superior.

Uma nova skin de acordo com a antiga tradição japonesa. Além da introdução de uma série de reforços estruturais para garantir a estabilidade do edifício, a fachada original em alvenaria foi isolada termicamente com painéis de fibra de madeira de 20 cm e selada com uma cofragem de madeira de pinho carbonizada seguindo a técnica tradicional japonesa chamada Shou Sugi Ban. Este método, que surgiu no Japão na era Edo, por volta do século XVII, consiste em carbonizar a camada externa da madeira para fornecer uma pátina protetora tanto contra intempéries quanto contra insetos. Neste projecto, as tábuas de madeira vêm da região de Usedom, junto ao Mar Báltico, onde um carpinteiro local recuperou e reinterpretou essa tradição utilizando pinheiros de florestas locais.

Uma janela é um lugar. A forma e a proporção das janelas foram ligeiramente modificadas, baixando a altura dos parapeitos e instalando generosas soleiras de madeira que funcionam como bancos e locais de descanso tanto no interior como no exterior do edifício.

Renaturalização. Os telhados do edifício foram estruturalmente reforçados ou substituídos quando necessário. Além disso, foram isolados termicamente e cobertos por uma camada vegetal. O pátio central foi fechado para carros e “renaturado” com a retirada da camada asfáltica que o cobria anteriormente e sua substituição por uma camada de terra vegetal e grama. Uma nogueira foi plantada no centro do pátio, servindo como novo centro gravitacional do conjunto.

Intervenções cirúrgicas. No interior do edifício, foram realizadas uma série de cuidadosas intervenções cirúrgicas, como novas aberturas, inserções e divisórias, sob a premissa da “menor intervenção possível”. mais clara e espaçosa, ao mesmo tempo que mostra e celebra a sua matéria encontrada e, portanto, as suas vidas passadas. Algumas das paredes de alvenaria foram jateadas e desmontadas, a fim de recuperar a textura original, enquanto em outras áreas que exigem uma atmosfera mais neutra, por exemplo, para pintura , foram suavemente revestidos com esmaltes semi-cobertos que homogeneizam o espaço e ao mesmo tempo revelam a materialidade presente no edifício de fundação.